31.10.12

toda a verdade numa mentira.

Anos de relação comprometidos por uma mentira inocente, por um descargo de autoconsciência.
Erros foram sendo cometidos por ambas as partes.

O que dói? A necessidade de mentir. A necessidade de mentir só para não ter de ouvir o que há a ser dito. Uma verdade que magoa, tanto por quem a diz como para quem a ouve. Uma verdade que transporta esperança embrulhada em (des)ilusão.

O que dói? Não entender o porquê. Justificações vazias de fundamento, vazias de sinceridade.

O que dói? A prioridade! Ou a falta dela. A falta de interesse, ou pelo a demonstração disso mesmo. Eu sou tão importante na tua vida que preferiste ficar, em vez de vires e tentares resolver as coisas. Eu, a magoada sou a interessada em resolver isto. Tu, simplesmente vives a tua vida, como se tudo te fosse indiferente.
O que dói? É (foi) ter a esperança que viesses, que te importasses.

O que dói? É ter andado estes dias na 'merda', e tu?! Andares a combinar uma noitada, mais uma. Mais do mesmo.

O que dói? É dizeres que ficas porque SE CALHAR tens uma aula na sexta, e o motivo de a nossa relação estar (agora, presentemente) na lama é teres mentido porque não foste a uma. Essa dualidade de personalidade...

Eu lamento que seja assim, mas não acredito mesmo que isto resulte. Muito menos agora.


'À minha volta, reprova-se a mentira, mas foge-se cuidadosamente da verdade.'